Dor de cabeça. A gente sente, ou ouve alguém reclamar dela frequentemente. Mas qual seria a causa de tanto sofrimento com a bendita dor de cabeça? Na verdade, as causas podem ser muitas, assim como os vários diagnósticos: enxaqueca, cefaleia tensional, cefaleia em salvas.
A intensidade da dor, só quem sente sabe. Esta dor pode se manifestar em diversas formas e é um dos motivos mais frequentes de consultas médicas. Entre as causas, a depressão, ansiedade, uso excessivo de medicamentos, péssima qualidade do sono, e estresse elevado são alguns dos fatores e prognósticos que estão associados aos piores quadros de dor de cabeça.
A medicina já classificou mais de 150 tipos de cefaleias e estas estão catalogadas em grupos, mas a principal classificação as separa em primárias e secundárias. As primárias são aquelas em que a dor de cabeça é a própria doença, que apesar de debilitante não é considerada uma forma grave. Já nas secundárias, a cefaleia se origina de outras doenças ou condições, a exemplo de infecções, traumas e tumores.
CLASSIFICAÇÃO
Temos então as dores de cabeça primária, as ocorrências de enxaqueca, cefaleia do tipo tensional, cefaleia trigêmino-autonômicas (como a cefaleia em salva e a hemicrania), e outros transtornos de cefaleia que são clinicamente heterogêneos, como as dores de cabeça epicranianas e dores de cabeça associadas a esforços físicos.
Dentre todas, a CTT crônica é a mais preocupante. Considerada uma doença séria, causa elevada incapacidade e redução da qualidade de vida. Tal transtorno pode decorrer de episódios diários ou constantes. É tipicamente bilateral, descrita como uma dor em pressão, de intensidade leve a moderada, persistente por horas ou dias.
A enxaqueca pode ser uma dor de qualidade pulsátil, com intensidade moderada ou intensa, e que se agrava pela prática de atividade física, além de estar associada a náuseas e/ou fotofobia e fonofobia.
Entre as cefaleias trigêmino-autonômicas (CTAs), se destaca a cefaleia em salva. Está é caracterizada por dor severa, estritamente unilateral, e pode estar situada na região orbital, supraorbital, temporal ou em qualquer combinação desses locais. As crises duram de 2 a 30 minutos, e acontecem várias vezes ao dia ou por vários dias seguidos. A dor é acompanhada de lacrimejamento, congestão nasal, sudorese frontal e facial, ou mesmo edema palpebral no mesmo lado da dor.
O DIAGNÓSTICO
Identificar o tipo de cefaleia não é uma tarefa simples. Uma das circunstâncias que permite o diagnóstico é a possibilidade de o paciente apresentar mais de uma desordem de dor de cabeça. Uma CTT episódica frequente pode coexistir com a enxaqueca. Nessa situação ambos os transtornos precisam ser identificados, o que pode ser feito com a ajuda do paciente por meio de um diário de cefaleia. Esse registro cotidiano, quando correlacionado a avaliação clínica, auxilia na adequada prescrição do tratamento.
É preciso distinguir entre os tipos de cefaleia, somente assim o tratamento pode ser conduzido adequadamente, evitando-se o uso indiscriminado de remédios e seus efeitos adversos, incluindo o surgimento de cefaleia por uso excessivo de medicação. O primeiro passo para abordar as cefaleias é a gestão dos fatores desencadeantes, como a privação do sono, ingestão de bebida alcoólica, desidratação, ansiedade entre outros.
O TRATAMENTO
De maneira geral, a primeira linha de tratamento com fármacos, para os casos de cefaleia primária, inclui a indicação de analgésicos não específicos ou específicos, de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e medicação adjuvante para os sintomas associados. Outros tratamentos não farmacológicos englobam a fisioterapia, acupuntura, massagem focada no ponto de gatilho miofascial, terapia de relaxamento muscular, e terapia cognitivo-comportamental.
A injeção nos PGs tem o propósito de reduzir a dor e restaurar a função, com o intuito de diminuir a rigidez e melhorar a mobilidade do pescoço.
O bloqueio anestésico do nervo occipital maior (NOM) tem sido indicado para diversas cefaleias, sobretudo nas condições de CTT e/ou enxaqueca crônica, já o bloqueio do gânglio esfenopalatino (BGEP) tem sua indicação para as cefaleias em salva. Há ainda a aplicação de toxina botulínica pode ser indicada para reduzir a frequência de episódios de enxaqueca crônica, que pode reduzir o número de dias de crise por mês.
NOVIDADES À VISTA
Muitos outros tratamentos estão sendo estudados e testados, de forma que o paciente que sofre com estes sintomas podem vir a se beneficiar. Na Plenus, especialistas já atuam utilizando uma boa gama destes recursos e estão em sintonia com as novidades comprovadas como as melhores modalidades intervencionistas. A estimulação de nervos periféricos e a ablação por radiofrequência, têm sido considerados para tratar as cefaleias primarias. Pacientes que ainda sofrem com cefaleias refratarias ou graves podem e devem se tratar com o fim de conter o impacto que esta dor tem em suas vidas.